Sem efeitos colaterais e com ótimos resultados as Práticas Integrativas vem sendo cada vez mais indicadas no alívio das dores.

 

A dor é uma condição comum e um dos principais motivos pela procura dos hospitais, geralmente vamos procurar ajuda médica quando os sintomas batem a nossa porta, a dor é um grito de socorro do nosso corpo pedindo ajuda, indicando que algo pode estar errado.

Os tratamentos convencionais muitas vezes utilizam medicamentos e drogas que geralmente trazem alguns efeitos colaterais e muitas vezes são solicitadas cirurgias, em casos mais graves e necessários.

Porém, nas últimas décadas outros recursos terapêuticos como exercícios físicos e Práticas Integrativas e Complementares (PICS) vêm sendo utilizadas e recomendadas por especialistas de saúde e respaldadas por evidências científicas.
Essas práticas já vem sendo utilizadas amplamente em diversos países como estados Unidos, Suíça, França, Alemanha, Reino Unido, México e muitos outros para o tratamento da dor e os gastos com alguns desses tratamentos são reembolsados pelas seguradoras e sistema de saúde.

As Práticas Integrativas e Complementares (PICS) foram introduzidas no Brasil em 2006 e vêm sendo realizadas de forma multidisciplinar por diversos profissionais da saúde com formação na área e seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), maior autoridade em saúde pública no mundo.

Segundo dados do IBGE, foi verificado que, dentre as condições crônicas de saúde, a dor lombar é a segunda mais prevalente na população, atingindo 18,5% dos indivíduos com idade ou superior a 18 anos. Aproximadamente 95% dos casos de dor lombar com duração maior que 3 meses ão possuem uma causa específica, como neoplasia, fratura e infecção, e seu tratamento deve ser realizado de modo conservador sem a realização de exames complementares e cirurgias, procedimentos que só aumentam os custos do sistema de saúde sem propiciar benefícios clinicamente relevantes para os pacientes nestas condições.

 

“Pesquisas clínicas e os Guidelines mais recentes (6-10) mostram que PICS como Acupuntura, Meditação, Tai Chi, Qigong, Yoga e massagem são efetivas para o tratamento da dor lombar, fibromialgia e outras dores de origem osteomuscular. Na diretriz clínica da American College of Physicians (8), a acupuntura e a meditação Mindfulness para redução do estresse são fortemente recomendadas como primeira linha de tratamento na dor lombar crônica, juntamente com os exercícios físicos e a reabilitação multidisciplinar. Para o tratamento do indivíduo com fibromialgia, a European League Against Rheumatism (EULAR) (9) recomenda a realização de exercícios aeróbicos e de fortalecimento, Acupuntura, Qigong, Yoga, Tai Chi, meditação Mindfulness, dentre outros. Em indivíduos com osteoartrite de joelho, o The Ottawa Panel Clinical Practice Guidelines (10) recomenda práticas corporais como Yoga, Tai Chi e Qigong para melhora da dor, da função física e da qualidade de vida dos pacientes.”

Além das PICS possuírem resultados semelhantes, e até melhores quando comparadas aos medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos para melhora da dor, elas também são consideradas mais seguras e não geram outras doenças como consequência dos efeitos colaterais das drogas.
No tratamento da dor lombar o uso de anti-inflamatórios não esteroides possuem um resultado levemente melhor do que o placebo, não permitindo relevância clínica segundo estudo:

“Machado GC et al. Non-steroidal anti-inflammatory drugs for spinal pain: a systematic review and meta-analysis. Ann Rheum Dis. 2017 Jul;76(7):1269-1278.”

Observando a fundo, incluir as PICS nos sistemas de saúde e processos terapêuticos de pacientes com dor contribui para a melhora da condição e diminuição dos custos por efetividade no SUS.
Se você ainda não conhece ou participou de um atendimento de Práticas Integrativas e Complementares para o alívio da dor, procure a unidade de saúde mais próxima ou o terapeuta qualificado para o atendimento e você verá que uma nova forma de cuidado é possível e aproveitará os efeitos benéficos para a sua saúde e qualidade de vida.